Autor: alexandre@abuaiz.com.br

Iniciação Científica e Inovação Tecnológica no Agronegócio: Resultados que Transformam o Campo

Introdução

A busca por soluções mais eficientes, sustentáveis e produtivas no setor agrícola tem ganhado força nos últimos anos. Um dos pilares dessa transformação é a iniciação científica e a inovação tecnológica , que permitem que jovens pesquisadores e profissionais do campo desenvolvam novos métodos, produtos e práticas capazes de impulsionar o agronegócio brasileiro.

O Relatório Final das Atividades de Iniciação Científica e Inovação Tecnológica , publicado recentemente, traz uma série de estudos e descobertas realizadas por estudantes e técnicos em diferentes áreas da agricultura. Entre os destaques, estão projetos relacionados à rochagem, fertilização natural, microbiologia do solo e manejo sustentável de culturas .


Rochagem como Fonte Sustentável de Nutrientes

Um dos temas mais relevantes abordados no relatório é o uso do pó de rocha na agricultura , também conhecido como rochagem . Essa prática consiste na aplicação de minerais moídos diretamente no solo, liberando nutrientes essenciais às plantas de forma lenta e natural.

Estudos apresentados no relatório mostram que:

  • O pó de rocha pode ser uma alternativa viável aos fertilizantes industriais.
  • A liberação de potássio (K), cálcio (Ca) e magnésio (Mg) ocorre de maneira gradual, ideal para culturas perenes.
  • Em alguns experimentos, o uso de basalto moído resultou em aumento significativo da fertilidade do solo e da produtividade vegetal.

“Práticas como o uso de pó de rocha para correção e manutenção da fertilidade de solos agrícolas devem aumentar em todo o mundo.” – Relatório Final das Atividades de Iniciação Científica


Impacto da Vinhaça na Solubilização de Minerais

Outra linha de pesquisa explorada no relatório envolveu a interação entre o pó de rocha e resíduos orgânicos , como a vinhaça — subproduto da produção de etanol. Experimentos conduzidos em laboratório indicaram que:

  • A vinhaça potencializa a liberação de nutrientes presentes no pó de basalto.
  • O efeito é mais evidente em camadas superficiais do solo, especialmente em solos argilosos.
  • Esse tipo de combinação pode reduzir a necessidade de fertilizantes químicos sintéticos, contribuindo para sistemas de produção mais limpos e econômicos.

Desenvolvimento de Compostos Organominerais

Em Unaí, Minas Gerais, foram produzidos compostos organominerais utilizando resíduos orgânicos combinados com pós de rochas moídas , como calcixisto, micaxisto e fonolito. Os resultados revelaram:

  • O calcixisto foi a melhor fonte de cálcio e magnésio .
  • O fonolito destacou-se pela maior disponibilidade de potássio .
  • A compostagem ajudou a liberar elementos retidos na forma de silicatos e carbonatos, tornando-os mais acessíveis às plantas.

Esses compostos são uma excelente opção para produtores que buscam fertilizantes orgânicos de alta qualidade , com menor impacto ambiental.


Aplicação de Pó de Rocha em Forrageiras

Os estudos também avaliaram o desempenho de forrageiras, como braquiária (Urochloa spp.) , quando adubadas com pó de rocha. Alguns dos principais achados incluem:

  • A aplicação conjunta de pó de fonolito e composto orgânico resultou em 27% a mais de produção de massa seca .
  • Houve aumento dos teores de K no solo e nas folhas , independentemente do momento de mistura com o composto.
  • Em Uberlândia-MG, doses crescentes de siltito glauconítico (com ou sem calcinação) aumentaram a produção da parte aérea da braquiária.

Isso demonstra que o uso de remineralizadores pode ser estratégico em sistemas integrados de lavoura-pecuária , aumentando a produtividade com menores custos ambientais.


Normatização e Segurança no Uso de Remineralizadores

De acordo com a Instrução Normativa nº 5/2016 do MAPA , os remineralizadores devem seguir critérios rigorosos:

  • Teor mínimo de bases (CaO + MgO + K₂O): 9%
  • Teor mínimo de K₂O: 1%
  • Limite máximo de metais pesados como arsênio, chumbo e mercúrio

Além disso, a granulometria influencia diretamente a reatividade do material no solo, com partículas menores liberando nutrientes mais rapidamente.


Conclusão

O relatório destaca o papel fundamental da iniciação científica e da inovação tecnológica no desenvolvimento de soluções para o agronegócio. Projetos com pó de rocha, compostos organominerais e interações solo-planta têm mostrado resultados promissores, especialmente em sistemas de produção integrada.

Ao investir na formação de novos talentos e no incentivo à pesquisa aplicada, o Brasil avança rumo a uma agricultura mais sustentável, produtiva e menos dependente de insumos externos .


Referências

  • BARBOSA FILHO, M. P. F.; FAGERIA, N. K.; LIMA, L. B. DE. Alterações do pH e liberação de K, Ca e Mg para o solo de materiais de pó de rocha . Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 2009.
  • ESCOSTEGUY, P. A. V. Basalto moído como fonte de nutrientes . Revista Brasileira de Ciência do Solo, 1998.
  • ALOVISI, A. M. T. et al. Rochagem como alternativa sustentável para a fertilização de solos . Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental, v. 9, 2020.
  • RELATÓRIO FINAL DAS ATIVIDADES DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA.

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Pó de Rocha na Agricultura: Uma Alternativa Sustentável para Fertilização de Plantas Forrageiras

Introdução

Em um contexto crescentemente voltado à sustentabilidade, o uso de pó de rocha tem se destacado como uma alternativa promissora para a fertilização de plantas forrageiras. Um estudo da Embrapa Gado de Leite , apresentado no Comunicado Técnico 96 , traz informações sobre os benefícios e desafios dessa prática em sistemas de produção integrada, especialmente com espécies como braquiária (Urochloa spp.) e capim-elefante (Megathyrsus maximus) .

O alto custo dos fertilizantes industriais, aliado ao impacto ambiental de sua produção, reforça a necessidade de fontes alternativas de nutrientes. O pó de rocha surge como solução viável, oferecendo macro e micronutrientes essenciais às culturas forrageiras, além de melhorar as condições físicas e químicas do solo.


Por Que Usar Pó de Rocha?

O Brasil é altamente dependente de fertilizantes importados — cerca de 94% do nitrogênio e 96% do potássio utilizados no país vêm do exterior. Esse cenário torna a agricultura nacional vulnerável economicamente e ambientalmente insustentável a longo prazo.

O uso de pó de rocha pode ajudar a reduzir essa dependência, trazendo diversos benefícios:

  • Liberação lenta de nutrientes , ideal para culturas perenes;
  • Melhoria da fertilidade do solo , aumento do pH e da capacidade de troca catiônica (CTC);
  • Fonte de potássio, cálcio, magnésio, ferro, zinco, entre outros ;
  • Sustentabilidade , com menor impacto ambiental e aproveitamento de resíduos minerais.

Além disso, está alinhado aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) , principalmente o ODS 2 , que visa promover sistemas agrícolas sustentáveis.


Aplicações Práticas em Plantas Forrageiras

Experimentos conduzidos pela Embrapa em diferentes regiões do Brasil mostraram que o pó de rocha pode substituir com eficiência o cloreto de potássio (KCl) em sistemas de integração lavoura-pecuária.

Exemplo em Uberlândia-MG

Um experimento avaliou o uso de três tipos de rochas como fonte de potássio (biotita xisto; brecha piroclástica e flogopita), em doses equivalentes a 0 kg/ha; 100 kg/ha; 200 kg/ha e 400 kg/ha de K₂O, comparando com o cloreto de potássio (200 kg/ha).

Resultados principais:

  • Com biotita xisto , houve maior altura e produção de massa verde da braquiária na dose de 100 kg/ha de K₂O .
  • A brecha piroclástica e a flogopita não apresentaram diferenças significativas nas mesmas doses.
  • Em geral, o pó de rocha mostrou-se adequado como fonte de potássio, com resultados próximos ou superiores aos fertilizantes tradicionais.

Estudos Regionais com Diferentes Rochas

Outros estudos também foram realizados:

Em Araras, SP

Avaliou-se o efeito da vinhaça na solubilização do pó de basalto em solos argilosos e arenosos. Os resultados indicaram:

  • Maior disponibilidade de Ca, Mg e K nas camadas superficiais do solo com aplicação conjunta de vinhaça e pó de rocha.

Em Fortaleza, CE

Testou-se o sienito nefelínico e a brecha em solo arenoso. Verificou-se:

  • Menor eficiência na correção do pH em comparação ao calcário.
  • Porém, forneceram fósforo, ferro e manganês (brecha) e potássio, fósforo e cobre (sienito nefelínico) .

Em Dourados, MS

Analisou-se o pó de basalto em Latossolo Vermelho Distroférrico. Constatou-se:

  • Melhora nos teores de matéria orgânica, P disponível e K trocável no solo.
  • Resultados positivos tanto com quanto sem adição de NPK.

Em Unaí, MG

Produziu-se compostos organominerais com calcixisto, micaxisto e fonolito . Destaque para:

  • Fonolito como melhor fonte de potássio .
  • Calcixisto com maiores teores de cálcio e magnésio .

Normatização e Garantias Físicas

De acordo com a Instrução Normativa n° 5 do MAPA (2016) , os remineralizadores devem seguir critérios específicos:

TipoGranulometriaPassante (%)
Filler0,3 mm (ABNT n° 50)100%
2,0 mm (ABNT n° 10)100%
Farelado4,8 mm (ABNT n° 4)100%

Além disso, é necessário garantir teores mínimos de bases (CaO + MgO + K₂O ≥ 9%) e limites máximos de elementos tóxicos como arsênio, chumbo e mercúrio.


Desafios e Perspectivas Futuras

Apesar dos avanços, ainda existem alguns desafios:

  • Baixa solubilidade : Requer planejamento estratégico e adaptação de manejo.
  • Custo logístico : Apesar de ser local, o transporte em grandes quantidades pode encarecer a operação.
  • Falta de recomendações oficiais : Há necessidade de mais pesquisas e diretrizes técnicas.

No entanto, com investimentos contínuos em pesquisa e divulgação técnica, o pó de rocha pode se consolidar como uma ferramenta fundamental para a transição agroecológica .


Conclusão

O uso de pó de rocha nas plantas forrageiras representa uma abordagem inovadora e sustentável para melhorar a produtividade das pastagens e a saúde do solo. Estudos recentes confirmam sua eficácia como fonte de potássio e corretivo de acidez, especialmente em sistemas integrados de lavoura-pecuária.

Essa prática não apenas reduz custos com fertilizantes, mas também contribui para a segurança alimentar, mitigação de mudanças climáticas e conservação dos recursos naturais .


Referências

  • BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 5/2016.
  • ROCHA et al. Uso de pó de rocha em plantas forrageiras . Embrapa Gado de Leite, 2023.
  • ESCOSTEGUY, P. A. V.; KLAMT, E. Basalto moído como fonte de nutrientes . Revista Brasileira de Ciência do Solo, 1998.
  • MIRANDA, C. C. B. et al. Desenvolvimento de Urochloa brizantha adubada com fonolito . Revista de Ciências Agrárias, 2018.
  • RAJÃO, R. et al. Crise dos fertilizantes no Brasil . Informe Agropecuário, 2023.

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Pó de Basalto na Agricultura: Milagre ou Mito? O Que Diz a Pesquisa?

A busca por alternativas aos fertilizantes químicos solúveis tem levado muitos agricultores a experimentar insumos baseados em pós de rochas, um processo conhecido como rochagem1. Entre as rochas utilizadas, o basalto se destaca, sendo abundante em regiões como o Sul do Brasil. O basalto é uma rocha básica e magmática extrusiva, cujos principais componentes são minerais que podem ser fontes importantes de Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e micronutrientes.

Há relatos de agricultores e técnicos sobre melhorias na fertilidade do solo, aumento de produtividade e maior sanidade das plantas com o uso de pó de basalto. No entanto, a comprovação científica sobre sua efetividade ainda é escassa, especialmente em avaliações de médio a longo prazo.

Com o objetivo de contribuir para esse conhecimento, um estudo foi realizado para avaliar o efeito de diferentes doses de pó de basalto, com ou sem fertilização química convencional, na produtividade de soja e milho e em alguns atributos químicos do solo. A pesquisa foi conduzida durante quatro safras (de setembro de 2009 a abril de 2013) sob sistema de plantio direto (SPD).

Como o Estudo Foi Feito?

O experimento foi instalado em um Latossolo Vermelho Distrófico em Canoinhas, Santa Catarina7. Foram testadas cinco doses de pó de basalto (0, 2, 4, 8 e 12 toneladas por hectare) com granulometria muito fina. Essas doses foram combinadas com a presença ou ausência de adubação química, seguindo as recomendações para as culturas de milho e soja.

O pó de basalto foi aplicado uma única vez no início do experimento, em setembro de 2009, e parcialmente incorporado ao solo9. A sequência de cultivos incluiu soja e milho em rotação com aveia e ervilhaca9. A produtividade das culturas foi avaliada a cada safra, e amostras de solo foram coletadas periodicamente para análise química.

O Que os Resultados Mostraram?

1. Efeito no Solo:

  • Em geral, o pó de basalto pouco afetou os atributos químicos do solo avaliados ao longo do tempo.
  • Nove meses após a aplicação, não houve efeito significativo do pó de basalto na maioria dos atributos, exceto no K, que aumentou com a adubação.
  • Aos 14 e 21 meses, houve aumento linear nos teores de P, Cu, Mn e Fe com o aumento das doses de pó de basalto. Isso pode estar relacionado ao teor relativamente alto desses micronutrientes no pó de basalto utilizado.
  • Também foi observada uma redução nos teores de Ca e Mg com o incremento das doses de pó de basalto aos 14 e 21 meses. A redução de Ca e Mg pode estar ligada a processos de substituições no solo.
  • Após 42 meses (mais de três anos), não foi constatado efeito das doses de pó de basalto sobre nenhuma variável química do solo avaliada. Isso sugere que, no médio prazo e nas doses testadas, a solubilização do pó de basalto teve pouca contribuição para a melhoria da fertilidade do solo. O pH do solo também não foi afetado pelo pó de basalto até 42 meses.

2. Efeito na Produtividade das Culturas:

  • O pó de basalto não influenciou a produtividade de grãos de soja e milho em nenhuma das safras avaliadas, independentemente da presença ou ausência de fertilização química.
  • A adubação química convencional foi favorável ao rendimento da cultura do milho, mas não afetou a produtividade da soja.

Por Que o Pó de Basalto Não Teve Efeito?

Os autores sugerem que a ausência de efeitos significativos nos atributos do solo (exceto micronutrientes temporariamente) e na produtividade das culturas, mesmo após mais de três anos, pode estar relacionada ao baixo conteúdo de nutrientes do pó de basalto específico utilizado no estudo. Nas doses aplicadas, ele pode não ter sido suficiente para causar alterações duradouras na fertilidade do solo ou impactar o rendimento das plantas.

O Papel do Sistema de Plantio Direto

Um ponto importante destacado pelo estudo é que as produtividades de soja e milho se mantiveram em bons níveis mesmo sem a adição de insumos solúveis (na média de 3000 kg/ha para soja e 7000 kg/ha para milho)19. Isso leva à reflexão sobre o papel crucial dos sistemas de manejo conservacionistas, como o plantio direto, em manter a qualidade e a fertilidade do solo ao longo do tempo.

O manejo adotado no experimento, incluindo o plantio direto, a rotação de culturas e a manutenção da cobertura do solo, permitiu adicionar uma quantidade considerável de biomassa anualmente ao solo. Os resultados sugerem que essa prática contribuiu de forma mais consistente para a manutenção do sistema produtivo do que a adição de pó de basalto ou mesmo a adubação química no caso da soja.

Em Resumo:

As conclusões do estudo indicam que, para o pó de basalto e nas condições avaliadas:

  • Não houve influência na produtividade de soja e milho.
  • O pH do solo não foi alterado.
  • Houve aumento temporário de alguns micronutrientes (Zn, Cu, Fe, Mn) e P.
  • Houve redução temporária dos teores de Ca e Mg.
  • No geral, o pó de basalto utilizado pouco contribuiu para a melhoria da fertilidade do solo a médio prazo.
  • O estudo reforça a importância do manejo sustentável do solo, como o plantio direto e a rotação de culturas, na manutenção da qualidade e produtividade do sistema agrícola

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Uso de Pó de Rocha – Embrapa

Resumo

O vídeo aborda uma discussão detalhada sobre tecnologias agrícolas sustentáveis, focando principalmente na técnica de rochagem (remineralização do solo). Os investigadores da Embrapa, Sebastião Pedro e Éder Martins, discutem a evolução desta tecnologia desde 1999. Eles explicam que a rochagem, inicialmente vista com ceticismo, ganhou credibilidade científica e aceitação entre agricultores. A técnica envolve o uso de pó de rocha para remineralizar solos, reduzindo custos com fertilizantes importados e melhorando a sustentabilidade. Os especialistas enfatizam que não é simplesmente espalhar pó de brita, mas uma ciência complexa que requer pesquisa específica e conhecimento profissional. O vídeo também menciona que esta tecnologia, embora remonte a 1850, está sendo redescoberta e adaptada para condições tropicais.

Destaques

Introdução à Rochagem e sua Evolução 00:00:00

O segmento inicial apresenta como a tecnologia de rochagem evoluiu de um conceito inicialmente questionado para uma prática respeitada. Sebastião Pedro explica que esta tecnologia sustentável permite aos agricultores reduzir custos com fertilizantes, sendo particularmente relevante considerando que a maioria das matérias-primas para fertilizantes é importada.

Aspectos Técnicos da Remineralização 00:02:11

Esta secção aborda os aspectos técnicos da remineralização, com Sebastião Pedro explicando que o processo devolve minerais essenciais ao solo que foram perdidos devido ao uso intensivo de fertilizantes solúveis. Enfatiza-se que não é um processo simples de apenas espalhar pó de brita, mas requer pesquisa específica e conhecimento técnico.

História e Desenvolvimento Científico 00:06:20

O segmento discute as origens históricas da rochagem, remontando a 1850, e sua evolução até aos dias atuais. Sebastião Pedro explica como a técnica foi temporariamente esquecida durante a revolução industrial, mas está sendo recuperada com base científica, especialmente adaptada para solos tropicais.

Adopção e Resultados Práticos 00:08:20

Éder Martins discute a crescente adopção da tecnologia pelos agricultores e sua integração com outras ferramentas agrícolas. São mencionados casos de sucesso em diversos estados, incluindo um produtor do Paraná com 15 anos de experiência em fruticultura usando rochagem.

Benefícios e Perspectivas Futuras 00:10:21

A parte final foca nos benefícios da agricultura biológica combinada com rochagem. Os investigadores destacam como esta abordagem enriquece o ambiente agrícola com microrganismos benéficos, promovendo maior competitividade, qualidade dos produtos e benefícios económicos, ambientais e sociais para o Brasil.

Potencial do pó de basalto como remineralizador de solo em sistemas de produção de hortaliças

Na última década, após a normatização para uso de remineralizadores na agricultura, diversos estudos têm confirmado efeitos positivos desses produtos nos sistemas agrícolas, sendo esses efeitos mais intensivos em rochas vulcânicas básicas, como o pó de basalto. Nesse contexto, essa pesquisa teve por objetivo avaliar o efeito de um pó de basalto filler sobre o crescimento das culturas de alface e repolho e sobre os indicadores químicos do solo.

O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em vasos, em um delineamento completamente casualizado em um fatorial 2x4x2, sendo dois tipos de solo (Cambissolo e Neossolo quartzarênico), quatro doses de pó de basalto (0, 5, 10 e 20t ha-1) com e sem adubação solúvel, com quatro repetições. Houve interação entre os fatores para todos os indicadores avaliados.

O pó de basalto filler foi efetivo em aumentar a produção de massa seca das culturas quando cultivado em Neossolo quartzarênico até a dose de 10t ha-1. Nas duas culturas houve correlação negativa entre pó de basalto e a adubação solúvel. No solo, 115 dias após a incorporação das doses e após o cultivo de alface e repolho, o pó de basalto filler foi eficaz em alterar os atributos do solo, sendo esse efeito mais acentuado no Neossolo. Em ambos os tipos de solos houve aumento quadrático no pH e nos teores de fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca) e na saturação de bases (V%) de acordo com o aumento das doses do produto. Os resultados indicam potencial promissor do produto para uso na agricultura.

Métricas

Biografia do Autor

Ana Lúcia Hanisch, Epagri/ Estação Experimental de Canoinhas

Doutora em Produção Vegetal pela UFPR (2018), mestre em Zootecnia pela UFRGS (2002) e formada em Agronomia pela Universidade Federal do Paraná (1994). Atuo como pesquisadora da EPAGRI – Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina desde 2004, desenvolvendo trabalhos nas áreas de pastagens e sistemas integrados de produção agropecuária (SSP e SAFs em caívas), bem como em pesquisas com resíduos industrias com potencial de uso na agricultura.

Rafael Cantú, Epagri/ Estação Experimental de Itajaí

Graduado em Agronomia pela UFSC, mestre em Produção Vegetal na linha de pesquisa em horticultura pela UNESP / Botucatu e doutor em Ciência do Solo pela UFSM. Atua na Epagri desde 2002, na área de nutrição de plantas e desenvolvimento de fertilizantes a base de resíduos orgânicos e minerais.

Guilherme Luis Scaramella Gonçalves, EPAGRI

Formado em Agronomia em 2009 pela UFPR. Especialista em Biodiversidade pela UNESPAR. Com experiência em Agroecologia, certificação participativa de agricultura orgânica, cooperativas da agricultura familiar, e docência de ensino superior. Desde 2014 atua na Epagri como extensionista rural.

Juliane Garcia Knapik Justen, EPAGRI

Possui graduação em Engenharia Florestal (2003) e mestrado em Ciências Florestais (2005) pela Universidade Federal do Paraná. Atualmente, exerce atividades de extensão rural na Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI). Desempenha a função de coordenadora do Programa Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental, focando em áreas como conservação do solo e da água, gestão de recursos florestais e práticas de rochagem.

Referências

BRASIL, 2013. Lei nº 12.890, de 10 de dezembro de 2013. Altera a Lei nº 6.894, de 16 de dezembro de 1980, para incluir os remineralizadores como uma categoria de insumo destinado à agricultura, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 dez. 2013. Seção 1, p. 1. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12890.htm

CONCEIÇÃO, L.T.; SILVA, G.N.; HOLSBACK, H.M.S.; OLIVEIRA, C.F.; MARCANTE, N.C.; MARTINS, E.S.; SANTOS, F.L.S.; SANTOS, E.F. Potential of basalt dust to improve soil fertility and crop nutrition. Journal of Agriculture and Food Research, v. 10, 100443, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.jafr.2022.100443

CQFS RS/SC. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIÊNCIA DO SOLO (SBCS). Manual de Adubação e de calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo – Núcleo Regional Sul: Comissão de Química e Fertilidade do Solo – RS/SC, 2016. 316p.

DONATTI FILHO, P.J.; TAPPE, S.; OLIVEIRA, E.P.; HEAMAN, L.M. Age and origin of the Neoproterozoic Brauna kimberlites: Melt generation within the metasomatized base of the São Francisco craton, Brazil. Chemical Geology, v.353, p.19-35, 2013. DOI:10.1016/j.chemgeo.2012.06.004

HANISCH, A.L.; FONSECA, J.A.; BALBINOT JR, A.A.; SPAGNOLLO, E. Efeito de pó de basalto no solo e em culturas anuais durante quatro safras, em sistema de Plantio Direto. Revista Brasileira de Agropecuária Sustentável, v.3, n.2, p.100-107, 2013.

MARCHI, G.; GUELFI-SILVA, D.R.; MALAQUIAS, J.V.; GUILHERME, L.R.G.; SPEHAR, C.R; MARTINS, E.S. Solubility and availability of micronutrients extracted from silicate agrominerals. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 55, e00807, 2020. DOI: 10.1590/s1678-3921.pab2020.v55.00807

MELO, V.F.; UCHÔA, S.C.P.; DIAS, F.O.; BARBOSA, G.F. Doses de basalto moído nas propriedades químicas de um Latossolo Amarelo distrófico da savana de Roraima. Acta Amazonica, v.42, n.4, p.471-476, 2012. DOI: 10.1590/S0044-59672012000400004

MORETTI, L.G.; BOSSOLANI,J.W.; CRUSCIOL, C.A.C.; MOREIRA, A.; MICHERI,P.H.; ROSSI, R.; IMAIZUMI, C. Dunite in agriculture: physiological changes, nutritional status and soybean yield. Communications in Soil Science and Plant Analysis, v.50, n.14, p.1775-1784, 2019. DOI:10.1080/00103624.2019.1635143

SILVA, F.C. da. Manual de análises químicas de solos, plantas e fertilizantes. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica; Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2009. 2. ed. 627p.

SOUZA, F.N.S.; OLIVEIRA, C.G.; MARTINS, E.S.; ALVES, J.M. Efeitos condicionador e nutricional de um remineralizador de solos obtido de resíduos de mineração. Agri-Environmental Sciences, v.3, n.1, p.1-14, 2017. DOI: 10.36725/agries.v3i1.204

Conheça o pó de basalto: alternativa no uso de fertilizantes

O pó de basalto vem sendo estudado para reduzir a dependência brasileira de fertilizantes importados e os resultados mais recentes indicam que isso é plenamente possível.

Por Redação Agrishow-17 de outubro, 2023


O agronegócio brasileiro é um grande consumidor de fertilizantes, mas não somos grandes produtores. Dependemos da importação desses insumos, seguindo o preço exercido pelo mercado. Para reduzir essa dependência, uma nova possibilidade vem sendo motivo de pesquisas: o pó de basalto.

O uso deste produto como fertilizante vem sendo pesquisado desde 2019 pela Prefeitura Municipal de Uberlândia (PMU) em parceria com muitos outros centros de pesquisa.

O objetivo destes estudos é definir como utilizar o pó de basalto de maneira apropriada no preparo do solo para o desenvolvimento de diferentes culturas agrícolas.

Necessidade de redução da dependência externa de fertilizantes

Ao longo dos dois últimos anos, o mercado mundial de fertilizantes vem passando por muitos desafios, desde a interrupção da cadeia de suprimentos por falta de produto durante a Covid-19 até o embargo econômico imposto pela União Europeia e Estados Unidos sobre Belarus, em decorrência do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

A consequência desses fatos foi a grande valorização dos principais fertilizantes usados na agricultura, resultando no aumento dos custos de produção.

Tal cenário vem abrindo os olhos de produtores brasileiros, exigindo deles a adoção de estratégias para reduzir a dependência de fertilizantes importados, como explica Odelmo Leão, prefeito de Uberlândia (MG) e um dos entusiastas das pesquisas sobre o uso do pó de basalto no campo.

70% dos insumos usados para formular o adubo NPK é comprado do exterior. O Brasil não pode e não deve se tornar refém de um cenário muito dinâmico. Possuímos, em abundância, recursos como as rochas silicáticas, que têm em sua composição quase toda a tabela periódica dos elementos”.

E é neste cenário que o prefeito destaca o pó de basalto. “O pó de basalto se torna um aliado do produtor, pois impacta no uso racional de fertilizantes sintéticos, possibilitando, a médio prazo, menor necessidade desses recursos para bons resultados econômicos e ambientais”. 

Além disso, o uso deste insumo ajuda a reduzir o uso de defensivos agrícolas, uma vez que as plantas com deficiências minerais é que estão mais suscetíveis às pragas e doenças.

Principais características do pó de basalto como fertilizante

Os estudos sobre o uso do pó de basalto na agricultura vêm sendo conduzidos desde 2019 pela Prefeitura de Uberlândia e já chamam a atenção pelos ótimos resultados. Mas o que é, de fato, este produto?

Odelmo Leão explica que o pó de basalto é um insumo produzido a partir da moagem do que até então era considerado apenas um resíduo da mineração. “Do basalto, as mineradoras produzem a brita, a areia de brita e um pó, que costumava ser rejeitado, virando um passivo ambiental”. 

Entretanto, os últimos estudos mostraram que esse pó é na verdade um “tesouro”. Ele vem de uma rocha silicática de origem vulcânica cheia de minerais importantes para a sanidade do solo e, consequentemente, das plantas. 

Na região de Uberlândia, temos mais de 16 mil hectares desse mineral, com boas concentrações de nutrientes de plantas, incluindo minerais como cálcio, magnésio e potássio, além de uma grande riqueza em micronutrientes, que também são de grande relevância para esse desenvolvimento”, complementa o prefeito.

Assim, ao ser aplicado no solo a ser cultivado, os estudos indicam que o pó de basalto atua como um remineralizador, devolvendo para a terra elementos que tornam as plantas mais fortes e resistentes ao ataque de pragas. 

Nos estudos, tivemos resultados positivos para a produtividade e sanidade das plantas tanto em pequenas e médias propriedades quanto em grandes lavouras”, complementa o prefeito da cidade mineira.

Saiba mais sobre os estudos realizados

As pesquisas para uso do pó de basalto para remineralizar o solo agrícola ocorrem em diversas vertentes, com variação do tamanho da área e objetivos. Odelmo Leão destaca que a Prefeitura de Uberlândia possui algumas parcerias para a condução de estudos sobre a aplicação do pó de basalto. 

O prefeito explica que para pesquisas em grandes propriedades, há um acordo de cooperação com a empresa Companhia de Promoção Agrícola e Tecnologia (Campo). 

Pensando no pequeno produtor, são conduzidos testes em alface, rúcula, couve, tomate, beterraba e pastagem. 

Nesse último foco, contamos com a parceria da Fundação de Excelência Rural de Uberlândia (Ferub), que pertence à Prefeitura, e da professora Adriane de Andrade Silva, que integra o quadro de docentes da Universidade Federal de Uberlândia (UFU)”, complementa Leão.

Essas pesquisas realizadas apresentaram ótimos resultados. Leão cita como exemplo os testes realizados na cultura de tomate e em pastagens. 

Os pesquisadores constataram que com a aplicação de 8 toneladas de pó de basalto por hectare, a produtividade do tomate aumentou 20% em comparação com áreas que receberam a adubação padrão. O ganho foi de 80 toneladas por hectare, com frutos maiores e mais pesados”. 

Já na pastagem, o quilo de massa verde aumentou 68,22% por hectare com a aplicação de 12 toneladas do remineralizador por hectare. 

 “Tanto em grandes culturas e pastagens, quanto no cultivo de hortaliças constatamos aumento da produtividade e sanidade das plantas. Isso mostra que temos um produto de alta qualidade que pode reduzir os custos do produtor com o preparo do solo e no cuidado das plantas”, esclarece o prefeito. 

Benefícios em várias vertentes

Além dos benefícios para o solo e para as diferentes culturas, o prefeito de Uberlândia também destaca os muitos benefícios do pó de basalto em muitas outras vertentes. “Nós identificamos que o uso do pó de basalto não só traz benefícios para a economia regional, mas sim para toda a população”. 

Em primeiro lugar, o prefeito ressalta que esse é um produto natural, feito a partir do resíduo gerado pela mineração e que, tratado de forma adequada, pode ser reaproveitado em benefício da produção de alimentos. 

Seu uso reduz a dependência de fertilizantes sintéticos e a necessidade de empregar defensivos agrícolas. Ao mesmo tempo, temos plantas mais resistentes e robustas”.

Portanto, o pó de basalto tem impacto positivo sobre o meio ambiente, sobre a saúde das pessoas e nos investimentos feitos pelo produtor, uma vez que reduz custos, com aumento do potencial de ganho, como consequência de cultivos que se tornam melhores e com maior produtividade.

Fertilizante a base de basalto: beneficios y aplicación

Beneficios del Fertilizante a Base de Basalto

El fertilizante a base de basalto ofrece múltiples beneficios para el suelo y las plantas, gracias a su composición rica en minerales. El basalto, una roca volcánica, contiene nutrientes esenciales como magnesio, calcio y hierro. Estos minerales son liberados gradualmente en el suelo, proporcionando un suministro constante y equilibrado de nutrientes a las plantas. Esto no solo mejora la salud y el crecimiento de las plantas, sino que también contribuye a la sostenibilidad agrícola al reducir la dependencia de fertilizantes químicos sintéticos.

El magnesio es crucial para la fotosíntesis, ya que es un componente central de la clorofila. El calcio fortalece las paredes celulares de las plantas, mejorando su resistencia a enfermedades y plagas. Por otro lado, el hierro es vital para la formación de clorofila y la actividad enzimática, promoviendo un crecimiento robusto. Al enriquecer el suelo con estos nutrientes esenciales, el fertilizante a base de basalto ayuda a las plantas a desarrollar raíces más fuertes y una mayor resistencia a condiciones adversas.

Además de enriquecer el suelo con nutrientes, el basalto mejora la estructura del suelo, lo que es fundamental para la retención de agua y la aireación. Un suelo bien estructurado permite que las raíces penetren más profundamente y accedan a más nutrientes y agua. Esto es especialmente beneficioso en áreas con suelos arenosos o pobres en materia orgánica. La capacidad del basalto para mejorar la retención de agua también significa que las plantas son menos susceptibles a sequías y pueden mantener un crecimiento constante incluso en condiciones de escasez hídrica.

La promoción de la actividad microbiana beneficiosa es otro de los puntos fuertes del fertilizante a base de basalto. Los microorganismos en el suelo son fundamentales para la descomposición de materia orgánica y la liberación de nutrientes. Al crear un entorno favorable para estos microorganismos, el basalto contribuye a un ciclo de nutrientes más eficiente y sostenible.

En términos de sostenibilidad, el uso de fertilizante a base de basalto permite una reducción significativa en la necesidad de fertilizantes químicos sintéticos. Esto no solo es beneficioso para el medio ambiente, al disminuir la contaminación por nitratos y fosfatos, sino que también es económicamente ventajoso para los agricultores. En resumen, el fertilizante a base de basalto es una solución natural y sostenible que mejora la salud del suelo y promueve un crecimiento vegetal vigoroso y saludable.

Métodos de aplicación del fertilizante de basalto

La aplicación del fertilizante a base de basalto puede realizarse de diversas maneras, dependiendo de las características del cultivo y del tipo de suelo. Es fundamental considerar las necesidades específicas tanto del suelo como de las plantas para determinar la cantidad adecuada de basalto a utilizar. Generalmente, se recomienda aplicar entre 1 y 5 toneladas por hectárea, aunque esta cantidad puede variar según las condiciones particulares.

Uno de los métodos más comunes es la incorporación directa del basalto al suelo. Esto puede hacerse durante la preparación del terreno antes de la siembra, asegurando que el fertilizante esté bien mezclado con la tierra. Alternativamente, el basalto puede ser aplicado en la superficie y posteriormente incorporado mediante el uso de herramientas agrícolas como arados o cultivadores. Este enfoque es efectivo para lograr una distribución uniforme.

Mezclar el basalto con otros materiales orgánicos, como compost o estiércol, puede aumentar significativamente su efectividad. Esta combinación no solo mejora la estructura del suelo, sino que también proporciona nutrientes adicionales que benefician el crecimiento de las plantas. En suelos ácidos, el basalto puede ser combinado con cal para neutralizar la acidez y mejorar la disponibilidad de nutrientes.

La mejor época del año para la aplicación del fertilizante de basalto suele ser en otoño o primavera. En otoño, el basalto tiene tiempo para descomponerse y liberar sus nutrientes antes de la temporada de crecimiento. En primavera, su incorporación puede coincidir con el inicio del periodo vegetativo, proporcionando un impulso inicial a las plantas.

Para asegurar una distribución uniforme del fertilizante, es recomendable utilizar equipos de esparcido, como esparcidores de fertilizantes o distribuidores manuales en parcelas más pequeñas. La uniformidad en la aplicación es crucial para evitar zonas con exceso o deficiencia de nutrientes.

Casos exitosos de aplicación de fertilizante de basalto han sido documentados en diversos estudios científicos y experiencias de agricultores. Por ejemplo, en cultivos de cereales, se ha observado un aumento en la producción y una mejora en la calidad del suelo. Estos resultados positivos confirman los beneficios del basalto como una opción viable y sostenible para la fertilización agrícola.

Fertilizante a Base de Basalto: Beneficios y Aplicaciones

Beneficios del Fertilizante de Basalto

El fertilizante a base de basalto, una roca volcánica rica en minerales, ofrece múltiples beneficios tanto para la agricultura como para la jardinería. Uno de sus principales atributos es la capacidad de mejorar la estructura del suelo. Al incorporar basalto, el suelo se vuelve más friable y poroso, lo que favorece una mejor aireación y un entorno óptimo para el desarrollo de las raíces de las plantas.

Además, el basalto es altamente efectivo en la mejora de la retención de agua del suelo. Este aspecto es crucial, especialmente en áreas con climas secos o durante períodos de sequía, ya que permite que el suelo mantenga la humedad por más tiempo, reduciendo la necesidad de riego frecuente.

Otra ventaja significativa del fertilizante de basalto es su capacidad de proporcionar nutrientes esenciales. El basalto es rico en minerales como magnesio, hierro y calcio, los cuales son vitales para el crecimiento saludable de las plantas. El magnesio es un componente clave de la clorofila, esencial para la fotosíntesis. El hierro es necesario para la formación de clorofila y el calcio fortalece las paredes celulares, mejorando la estructura y resistencia de las plantas.

Los minerales presentes en el basalto no solo promueven un crecimiento vigoroso y saludable de las plantas, sino que también aumentan su resistencia a enfermedades. Las plantas con acceso adecuado a estos nutrientes son capaces de desarrollar defensas naturales más fuertes, lo que reduce la incidencia de plagas y enfermedades.

La utilización de fertilizantes de basalto también ha demostrado incrementar la producción agrícola. Diversos estudios de caso y testimonios de agricultores han resaltado mejoras significativas en sus cultivos tras la aplicación de este fertilizante. Por ejemplo, en regiones donde se ha implementado el basalto, los agricultores han notado un aumento en el rendimiento de sus cosechas y una mejora en la calidad de los productos obtenidos.

En resumen, los fertilizantes a base de basalto ofrecen una solución integral para mejorar la salud del suelo y las plantas, contribuyendo así a una agricultura más sostenible y eficiente.

Aplicaciones Prácticas del Fertilizante de Basalto

El fertilizante a base de basalto se destaca por su versatilidad y beneficios en una amplia gama de aplicaciones agrícolas. Su uso no solo se limita a un tipo específico de cultivo, sino que puede ser adaptado a diversas necesidades del suelo y de las plantas. Una de las técnicas más comunes es la incorporación directa al suelo. Este método implica esparcir el polvo de basalto sobre la superficie del suelo y luego mezclarlo bien, asegurando una distribución uniforme. La dosis recomendada varía según el tipo de suelo y el cultivo, pero generalmente se sugiere una aplicación de aproximadamente 1-2 toneladas por hectárea.

Otra técnica efectiva es la mezcla del basalto con compost. Este enfoque no solo mejora la calidad del compost, sino que también facilita la absorción de nutrientes por parte de las plantas. Al combinar basalto con compost, se recomienda usar una proporción de 5-10% de basalto en relación al volumen total del compost. Además, la preparación de té de roca para la fertilización foliar es una práctica creciente. Este método consiste en disolver el polvo de basalto en agua y aplicarlo directamente sobre las hojas de las plantas, proporcionando un aporte inmediato de nutrientes esenciales.

Las recomendaciones de dosis y frecuencia de aplicación varían según el tipo de cultivo. Para hortalizas y frutales, una aplicación anual de basalto es generalmente suficiente, mientras que para plantas ornamentales y céspedes, puede ser beneficioso aplicar el fertilizante dos veces al año. Es crucial monitorear las condiciones del suelo y la respuesta de las plantas para ajustar las dosis según sea necesario.

La integración del basalto en un programa de manejo de suelos sostenible es altamente recomendable. Este fertilizante es compatible con otras prácticas agrícolas ecológicas como la rotación de cultivos y el uso de abonos verdes. Su uso contribuye a la mejora de la estructura del suelo, la retención de agua y la disponibilidad de nutrientes, lo que lo convierte en un componente valioso de cualquier estrategia de agricultura sostenible.

La Revolución del Fertilizante a Base de Basalto en la Agricultura

¿Qué es el fertilizante a base de basalto?

El fertilizante a base de basalto es un tipo de enmienda mineral que se deriva de la roca ígnea conocida como basalto. Este material volcánico es rico en una variedad de minerales esenciales para el crecimiento de las plantas, incluyendo silicio, hierro, calcio, magnesio y potasio. La composición química del basalto lo convierte en una opción excepcional para enriquecer suelos agrícolas, mejorando tanto su estructura como su fertilidad.

El proceso de producción del fertilizante a base de basalto comienza con la extracción del basalto de canteras. Una vez extraído, el basalto se tritura finamente hasta obtener un polvo que puede ser fácilmente mezclado con el suelo. Este polvo de basalto, al ser aplicado al suelo, se degrada lentamente, liberando de manera gradual los minerales que contiene. Esta liberación lenta y constante asegura que las plantas reciban un suministro continuo de nutrientes a lo largo del tiempo.

Una de las características más distintivas del fertilizante a base de basalto es su capacidad para mejorar tanto la salud del suelo como la de las plantas. A diferencia de los fertilizantes químicos convencionales, que pueden causar la acumulación de sales y el deterioro del suelo con el tiempo, el fertilizante de basalto ayuda a mejorar la estructura del suelo y a incrementar su capacidad de retención de agua. Además, su uso puede contribuir a la reducción de la acidez del suelo, lo cual es beneficioso para el crecimiento de una amplia gama de cultivos.

En comparación con otros fertilizantes minerales y orgánicos, el fertilizante de basalto ofrece una serie de ventajas únicas. Por un lado, es una fuente sostenible y abundante de nutrientes, ya que el basalto está disponible en grandes cantidades en diversas partes del mundo. Por otro lado, su costo es relativamente bajo, lo que lo hace accesible para los agricultores a gran escala. La combinación de estos factores ha llevado a un creciente interés y adopción del fertilizante a base de basalto en el sector agrícola.

Beneficios y aplicaciones del fertilizante a base de basalto

El fertilizante a base de basalto ha demostrado ser una herramienta revolucionaria en la agricultura moderna debido a sus múltiples beneficios. Uno de los aspectos más destacados es su capacidad para mejorar la estructura del suelo. Al incorporarse al suelo, el basalto contribuye a la formación de agregados estables, lo cual aumenta la porosidad y facilita el desarrollo radicular de las plantas. Esta mejora en la estructura del suelo favorece una mayor aireación y drenaje, factores cruciales para el crecimiento saludable de los cultivos.

Otro beneficio significativo del fertilizante a base de basalto es el aumento de la disponibilidad de nutrientes. Este tipo de fertilizante es rico en minerales esenciales como magnesio, calcio, potasio, y hierro, que son liberados de manera gradual, proporcionando una fuente constante de nutrientes para las plantas. Esta liberación controlada evita la lixiviación y asegura que los cultivos reciban los nutrientes necesarios a lo largo de su ciclo de vida.

La capacidad de retención de agua del suelo también se ve mejorada con el uso de fertilizante a base de basalto. Los estudios han demostrado que los suelos tratados con basalto tienen una mayor capacidad para retener la humedad, lo que es especialmente beneficioso en regiones con climas secos o durante periodos de sequía. Esta propiedad no solo ayuda a reducir la necesidad de riego, sino que también contribuye a la sostenibilidad del recurso hídrico.

Casos de estudio y ejemplos prácticos han demostrado que el uso de fertilizante a base de basalto puede resultar en mejoras significativas en la producción de cultivos. Agricultores en diversas regiones han reportado aumentos en el rendimiento de sus cosechas y una mayor resistencia a enfermedades y plagas. Expertos en agronomía recomiendan su aplicación en una variedad de cultivos, desde cereales hasta hortalizas y frutales, adaptándose a diferentes tipos de suelo y condiciones climáticas.

Los testimonios de agricultores y expertos subrayan la eficacia del fertilizante a base de basalto. Por ejemplo, un agricultor en la región de Castilla-La Mancha ha observado un incremento del 20% en la producción de trigo tras la aplicación de basalto, mientras que en la región de Andalucía, un productor de tomates ha notado una mejora en la calidad y sabor de su cosecha. Estas experiencias prácticas respaldan la creciente adopción de este fertilizante como una solución viable y sostenible para la agricultura contemporánea.

Fertilizante a Base de Basalto: Una Alternativa Ecológica para la Agricultura

Beneficios del Fertilizante de Basalto para el Suelo y las Plantas

El fertilizante a base de basalto se destaca como una opción sostenible y natural, ofreciendo una serie de beneficios tanto para el suelo como para las plantas. Una de las propiedades más valiosas del basalto es su capacidad para mejorar la estructura del suelo. La aplicación de este fertilizante contribuye a una mayor retención de agua y una mejor aireación, factores cruciales para el desarrollo radicular y el crecimiento saludable de las plantas. La estructura mejorada del suelo permite que las raíces absorban agua y nutrientes de manera más eficiente, resultando en plantas más vigorosas y resistentes.

El basalto es rico en minerales esenciales como el silicio, el hierro y el magnesio. Estos elementos juegan un papel fundamental en la nutrición de las plantas. El silicio, por ejemplo, fortalece las paredes celulares, lo que resulta en plantas más robustas y menos susceptibles a enfermedades y plagas. El hierro es vital para la fotosíntesis y la síntesis de clorofila, mientras que el magnesio es un componente clave de la clorofila y esencial para la fotosíntesis. La presencia de estos minerales en el fertilizante de basalto no solo mejora la salud de las plantas, sino que también contribuye a la calidad y el rendimiento de los cultivos.

Estudios recientes han demostrado que el uso de fertilizante de basalto puede tener un impacto positivo en diversos tipos de cultivos y condiciones climáticas. Por ejemplo, investigaciones realizadas en cultivos de cereales y leguminosas han revelado un aumento significativo en el rendimiento y la calidad del grano. Asimismo, en cultivos hortícolas, la aplicación de basalto ha mejorado la resistencia a enfermedades y ha potenciado el desarrollo de frutos más grandes y sabrosos.

En resumen, el fertilizante a base de basalto se presenta como una alternativa ecológica y eficiente para la agricultura moderna. Su capacidad para mejorar la estructura del suelo y proporcionar minerales esenciales lo convierte en una herramienta valiosa para los agricultores que buscan prácticas más sostenibles y productivas.

Aplicación y Uso del Fertilizante de Basalto en la Agricultura Moderna

El fertilizante a base de basalto se presenta como una opción sostenible y eficiente para la agricultura moderna. Su aplicación puede realizarse de dos formas principales: como polvo de roca y en soluciones líquidas. Cada método tiene sus propias ventajas y recomendaciones específicas en cuanto a dosis y frecuencia.

El uso del fertilizante de basalto en polvo es ideal para mejorar la estructura y fertilidad del suelo a largo plazo. Para su aplicación, se recomienda una dosis de entre 1 a 3 toneladas por hectárea, dependiendo de las características del suelo y las necesidades del cultivo. Este método es particularmente eficaz en suelos ácidos y pobres en minerales, ya que el basalto ayuda a neutralizar la acidez y aporta nutrientes esenciales. La frecuencia de aplicación puede ser anual o bienal, adaptándose a las rotaciones de cultivos.

En cuanto a las soluciones líquidas de basalto, estas son más adecuadas para una absorción rápida de nutrientes y para cultivos que requieren un aporte inmediato. La dosis recomendada suele oscilar entre 5 a 10 litros por hectárea, diluidos en agua y aplicados mediante sistemas de riego o pulverización foliar. Esta forma de aplicación es especialmente útil en cultivos intensivos y en escenarios donde se busca una rápida respuesta del cultivo.

El fertilizante de basalto es compatible tanto con sistemas de cultivo orgánicos como convencionales. En cultivos orgánicos, se integra fácilmente con otras prácticas de manejo sostenible, como la rotación de cultivos y el uso de compost. En agricultura convencional, puede combinarse con fertilizantes químicos para mejorar la eficiencia y reducir la dependencia de insumos sintéticos. En ambos casos, es crucial realizar análisis de suelo periódicos para ajustar las dosis y maximizar los beneficios.

Consejos de expertos y experiencias de agricultores que ya utilizan el fertilizante de basalto destacan su efectividad en la mejora de la salud del suelo y el rendimiento de los cultivos. Sin embargo, también subrayan la importancia de considerar factores como el tipo de suelo, las condiciones climáticas y las necesidades específicas de cada cultivo. Entre los retos a tener en cuenta, se encuentran la correcta dosificación y la necesidad de maquinaria adecuada para la aplicación del polvo de roca, así como la adaptación de los sistemas de riego para las soluciones líquidas.