Iniciação Científica e Inovação Tecnológica no Agronegócio: Resultados que Transformam o Campo

Introdução

A busca por soluções mais eficientes, sustentáveis e produtivas no setor agrícola tem ganhado força nos últimos anos. Um dos pilares dessa transformação é a iniciação científica e a inovação tecnológica , que permitem que jovens pesquisadores e profissionais do campo desenvolvam novos métodos, produtos e práticas capazes de impulsionar o agronegócio brasileiro.

O Relatório Final das Atividades de Iniciação Científica e Inovação Tecnológica , publicado recentemente, traz uma série de estudos e descobertas realizadas por estudantes e técnicos em diferentes áreas da agricultura. Entre os destaques, estão projetos relacionados à rochagem, fertilização natural, microbiologia do solo e manejo sustentável de culturas .


Rochagem como Fonte Sustentável de Nutrientes

Um dos temas mais relevantes abordados no relatório é o uso do pó de rocha na agricultura , também conhecido como rochagem . Essa prática consiste na aplicação de minerais moídos diretamente no solo, liberando nutrientes essenciais às plantas de forma lenta e natural.

Estudos apresentados no relatório mostram que:

  • O pó de rocha pode ser uma alternativa viável aos fertilizantes industriais.
  • A liberação de potássio (K), cálcio (Ca) e magnésio (Mg) ocorre de maneira gradual, ideal para culturas perenes.
  • Em alguns experimentos, o uso de basalto moído resultou em aumento significativo da fertilidade do solo e da produtividade vegetal.

“Práticas como o uso de pó de rocha para correção e manutenção da fertilidade de solos agrícolas devem aumentar em todo o mundo.” – Relatório Final das Atividades de Iniciação Científica


Impacto da Vinhaça na Solubilização de Minerais

Outra linha de pesquisa explorada no relatório envolveu a interação entre o pó de rocha e resíduos orgânicos , como a vinhaça — subproduto da produção de etanol. Experimentos conduzidos em laboratório indicaram que:

  • A vinhaça potencializa a liberação de nutrientes presentes no pó de basalto.
  • O efeito é mais evidente em camadas superficiais do solo, especialmente em solos argilosos.
  • Esse tipo de combinação pode reduzir a necessidade de fertilizantes químicos sintéticos, contribuindo para sistemas de produção mais limpos e econômicos.

Desenvolvimento de Compostos Organominerais

Em Unaí, Minas Gerais, foram produzidos compostos organominerais utilizando resíduos orgânicos combinados com pós de rochas moídas , como calcixisto, micaxisto e fonolito. Os resultados revelaram:

  • O calcixisto foi a melhor fonte de cálcio e magnésio .
  • O fonolito destacou-se pela maior disponibilidade de potássio .
  • A compostagem ajudou a liberar elementos retidos na forma de silicatos e carbonatos, tornando-os mais acessíveis às plantas.

Esses compostos são uma excelente opção para produtores que buscam fertilizantes orgânicos de alta qualidade , com menor impacto ambiental.


Aplicação de Pó de Rocha em Forrageiras

Os estudos também avaliaram o desempenho de forrageiras, como braquiária (Urochloa spp.) , quando adubadas com pó de rocha. Alguns dos principais achados incluem:

  • A aplicação conjunta de pó de fonolito e composto orgânico resultou em 27% a mais de produção de massa seca .
  • Houve aumento dos teores de K no solo e nas folhas , independentemente do momento de mistura com o composto.
  • Em Uberlândia-MG, doses crescentes de siltito glauconítico (com ou sem calcinação) aumentaram a produção da parte aérea da braquiária.

Isso demonstra que o uso de remineralizadores pode ser estratégico em sistemas integrados de lavoura-pecuária , aumentando a produtividade com menores custos ambientais.


Normatização e Segurança no Uso de Remineralizadores

De acordo com a Instrução Normativa nº 5/2016 do MAPA , os remineralizadores devem seguir critérios rigorosos:

  • Teor mínimo de bases (CaO + MgO + K₂O): 9%
  • Teor mínimo de K₂O: 1%
  • Limite máximo de metais pesados como arsênio, chumbo e mercúrio

Além disso, a granulometria influencia diretamente a reatividade do material no solo, com partículas menores liberando nutrientes mais rapidamente.


Conclusão

O relatório destaca o papel fundamental da iniciação científica e da inovação tecnológica no desenvolvimento de soluções para o agronegócio. Projetos com pó de rocha, compostos organominerais e interações solo-planta têm mostrado resultados promissores, especialmente em sistemas de produção integrada.

Ao investir na formação de novos talentos e no incentivo à pesquisa aplicada, o Brasil avança rumo a uma agricultura mais sustentável, produtiva e menos dependente de insumos externos .


Referências

  • BARBOSA FILHO, M. P. F.; FAGERIA, N. K.; LIMA, L. B. DE. Alterações do pH e liberação de K, Ca e Mg para o solo de materiais de pó de rocha . Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 2009.
  • ESCOSTEGUY, P. A. V. Basalto moído como fonte de nutrientes . Revista Brasileira de Ciência do Solo, 1998.
  • ALOVISI, A. M. T. et al. Rochagem como alternativa sustentável para a fertilização de solos . Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental, v. 9, 2020.
  • RELATÓRIO FINAL DAS ATIVIDADES DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA.

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Pó de Rocha na Agricultura: Uma Alternativa Sustentável para Fertilização de Plantas Forrageiras

Introdução

Em um contexto crescentemente voltado à sustentabilidade, o uso de pó de rocha tem se destacado como uma alternativa promissora para a fertilização de plantas forrageiras. Um estudo da Embrapa Gado de Leite , apresentado no Comunicado Técnico 96 , traz informações sobre os benefícios e desafios dessa prática em sistemas de produção integrada, especialmente com espécies como braquiária (Urochloa spp.) e capim-elefante (Megathyrsus maximus) .

O alto custo dos fertilizantes industriais, aliado ao impacto ambiental de sua produção, reforça a necessidade de fontes alternativas de nutrientes. O pó de rocha surge como solução viável, oferecendo macro e micronutrientes essenciais às culturas forrageiras, além de melhorar as condições físicas e químicas do solo.


Por Que Usar Pó de Rocha?

O Brasil é altamente dependente de fertilizantes importados — cerca de 94% do nitrogênio e 96% do potássio utilizados no país vêm do exterior. Esse cenário torna a agricultura nacional vulnerável economicamente e ambientalmente insustentável a longo prazo.

O uso de pó de rocha pode ajudar a reduzir essa dependência, trazendo diversos benefícios:

  • Liberação lenta de nutrientes , ideal para culturas perenes;
  • Melhoria da fertilidade do solo , aumento do pH e da capacidade de troca catiônica (CTC);
  • Fonte de potássio, cálcio, magnésio, ferro, zinco, entre outros ;
  • Sustentabilidade , com menor impacto ambiental e aproveitamento de resíduos minerais.

Além disso, está alinhado aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) , principalmente o ODS 2 , que visa promover sistemas agrícolas sustentáveis.


Aplicações Práticas em Plantas Forrageiras

Experimentos conduzidos pela Embrapa em diferentes regiões do Brasil mostraram que o pó de rocha pode substituir com eficiência o cloreto de potássio (KCl) em sistemas de integração lavoura-pecuária.

Exemplo em Uberlândia-MG

Um experimento avaliou o uso de três tipos de rochas como fonte de potássio (biotita xisto; brecha piroclástica e flogopita), em doses equivalentes a 0 kg/ha; 100 kg/ha; 200 kg/ha e 400 kg/ha de K₂O, comparando com o cloreto de potássio (200 kg/ha).

Resultados principais:

  • Com biotita xisto , houve maior altura e produção de massa verde da braquiária na dose de 100 kg/ha de K₂O .
  • A brecha piroclástica e a flogopita não apresentaram diferenças significativas nas mesmas doses.
  • Em geral, o pó de rocha mostrou-se adequado como fonte de potássio, com resultados próximos ou superiores aos fertilizantes tradicionais.

Estudos Regionais com Diferentes Rochas

Outros estudos também foram realizados:

Em Araras, SP

Avaliou-se o efeito da vinhaça na solubilização do pó de basalto em solos argilosos e arenosos. Os resultados indicaram:

  • Maior disponibilidade de Ca, Mg e K nas camadas superficiais do solo com aplicação conjunta de vinhaça e pó de rocha.

Em Fortaleza, CE

Testou-se o sienito nefelínico e a brecha em solo arenoso. Verificou-se:

  • Menor eficiência na correção do pH em comparação ao calcário.
  • Porém, forneceram fósforo, ferro e manganês (brecha) e potássio, fósforo e cobre (sienito nefelínico) .

Em Dourados, MS

Analisou-se o pó de basalto em Latossolo Vermelho Distroférrico. Constatou-se:

  • Melhora nos teores de matéria orgânica, P disponível e K trocável no solo.
  • Resultados positivos tanto com quanto sem adição de NPK.

Em Unaí, MG

Produziu-se compostos organominerais com calcixisto, micaxisto e fonolito . Destaque para:

  • Fonolito como melhor fonte de potássio .
  • Calcixisto com maiores teores de cálcio e magnésio .

Normatização e Garantias Físicas

De acordo com a Instrução Normativa n° 5 do MAPA (2016) , os remineralizadores devem seguir critérios específicos:

TipoGranulometriaPassante (%)
Filler0,3 mm (ABNT n° 50)100%
2,0 mm (ABNT n° 10)100%
Farelado4,8 mm (ABNT n° 4)100%

Além disso, é necessário garantir teores mínimos de bases (CaO + MgO + K₂O ≥ 9%) e limites máximos de elementos tóxicos como arsênio, chumbo e mercúrio.


Desafios e Perspectivas Futuras

Apesar dos avanços, ainda existem alguns desafios:

  • Baixa solubilidade : Requer planejamento estratégico e adaptação de manejo.
  • Custo logístico : Apesar de ser local, o transporte em grandes quantidades pode encarecer a operação.
  • Falta de recomendações oficiais : Há necessidade de mais pesquisas e diretrizes técnicas.

No entanto, com investimentos contínuos em pesquisa e divulgação técnica, o pó de rocha pode se consolidar como uma ferramenta fundamental para a transição agroecológica .


Conclusão

O uso de pó de rocha nas plantas forrageiras representa uma abordagem inovadora e sustentável para melhorar a produtividade das pastagens e a saúde do solo. Estudos recentes confirmam sua eficácia como fonte de potássio e corretivo de acidez, especialmente em sistemas integrados de lavoura-pecuária.

Essa prática não apenas reduz custos com fertilizantes, mas também contribui para a segurança alimentar, mitigação de mudanças climáticas e conservação dos recursos naturais .


Referências

  • BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 5/2016.
  • ROCHA et al. Uso de pó de rocha em plantas forrageiras . Embrapa Gado de Leite, 2023.
  • ESCOSTEGUY, P. A. V.; KLAMT, E. Basalto moído como fonte de nutrientes . Revista Brasileira de Ciência do Solo, 1998.
  • MIRANDA, C. C. B. et al. Desenvolvimento de Urochloa brizantha adubada com fonolito . Revista de Ciências Agrárias, 2018.
  • RAJÃO, R. et al. Crise dos fertilizantes no Brasil . Informe Agropecuário, 2023.

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Pó de Basalto na Agricultura: Milagre ou Mito? O Que Diz a Pesquisa?

A busca por alternativas aos fertilizantes químicos solúveis tem levado muitos agricultores a experimentar insumos baseados em pós de rochas, um processo conhecido como rochagem1. Entre as rochas utilizadas, o basalto se destaca, sendo abundante em regiões como o Sul do Brasil. O basalto é uma rocha básica e magmática extrusiva, cujos principais componentes são minerais que podem ser fontes importantes de Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e micronutrientes.

Há relatos de agricultores e técnicos sobre melhorias na fertilidade do solo, aumento de produtividade e maior sanidade das plantas com o uso de pó de basalto. No entanto, a comprovação científica sobre sua efetividade ainda é escassa, especialmente em avaliações de médio a longo prazo.

Com o objetivo de contribuir para esse conhecimento, um estudo foi realizado para avaliar o efeito de diferentes doses de pó de basalto, com ou sem fertilização química convencional, na produtividade de soja e milho e em alguns atributos químicos do solo. A pesquisa foi conduzida durante quatro safras (de setembro de 2009 a abril de 2013) sob sistema de plantio direto (SPD).

Como o Estudo Foi Feito?

O experimento foi instalado em um Latossolo Vermelho Distrófico em Canoinhas, Santa Catarina7. Foram testadas cinco doses de pó de basalto (0, 2, 4, 8 e 12 toneladas por hectare) com granulometria muito fina. Essas doses foram combinadas com a presença ou ausência de adubação química, seguindo as recomendações para as culturas de milho e soja.

O pó de basalto foi aplicado uma única vez no início do experimento, em setembro de 2009, e parcialmente incorporado ao solo9. A sequência de cultivos incluiu soja e milho em rotação com aveia e ervilhaca9. A produtividade das culturas foi avaliada a cada safra, e amostras de solo foram coletadas periodicamente para análise química.

O Que os Resultados Mostraram?

1. Efeito no Solo:

  • Em geral, o pó de basalto pouco afetou os atributos químicos do solo avaliados ao longo do tempo.
  • Nove meses após a aplicação, não houve efeito significativo do pó de basalto na maioria dos atributos, exceto no K, que aumentou com a adubação.
  • Aos 14 e 21 meses, houve aumento linear nos teores de P, Cu, Mn e Fe com o aumento das doses de pó de basalto. Isso pode estar relacionado ao teor relativamente alto desses micronutrientes no pó de basalto utilizado.
  • Também foi observada uma redução nos teores de Ca e Mg com o incremento das doses de pó de basalto aos 14 e 21 meses. A redução de Ca e Mg pode estar ligada a processos de substituições no solo.
  • Após 42 meses (mais de três anos), não foi constatado efeito das doses de pó de basalto sobre nenhuma variável química do solo avaliada. Isso sugere que, no médio prazo e nas doses testadas, a solubilização do pó de basalto teve pouca contribuição para a melhoria da fertilidade do solo. O pH do solo também não foi afetado pelo pó de basalto até 42 meses.

2. Efeito na Produtividade das Culturas:

  • O pó de basalto não influenciou a produtividade de grãos de soja e milho em nenhuma das safras avaliadas, independentemente da presença ou ausência de fertilização química.
  • A adubação química convencional foi favorável ao rendimento da cultura do milho, mas não afetou a produtividade da soja.

Por Que o Pó de Basalto Não Teve Efeito?

Os autores sugerem que a ausência de efeitos significativos nos atributos do solo (exceto micronutrientes temporariamente) e na produtividade das culturas, mesmo após mais de três anos, pode estar relacionada ao baixo conteúdo de nutrientes do pó de basalto específico utilizado no estudo. Nas doses aplicadas, ele pode não ter sido suficiente para causar alterações duradouras na fertilidade do solo ou impactar o rendimento das plantas.

O Papel do Sistema de Plantio Direto

Um ponto importante destacado pelo estudo é que as produtividades de soja e milho se mantiveram em bons níveis mesmo sem a adição de insumos solúveis (na média de 3000 kg/ha para soja e 7000 kg/ha para milho)19. Isso leva à reflexão sobre o papel crucial dos sistemas de manejo conservacionistas, como o plantio direto, em manter a qualidade e a fertilidade do solo ao longo do tempo.

O manejo adotado no experimento, incluindo o plantio direto, a rotação de culturas e a manutenção da cobertura do solo, permitiu adicionar uma quantidade considerável de biomassa anualmente ao solo. Os resultados sugerem que essa prática contribuiu de forma mais consistente para a manutenção do sistema produtivo do que a adição de pó de basalto ou mesmo a adubação química no caso da soja.

Em Resumo:

As conclusões do estudo indicam que, para o pó de basalto e nas condições avaliadas:

  • Não houve influência na produtividade de soja e milho.
  • O pH do solo não foi alterado.
  • Houve aumento temporário de alguns micronutrientes (Zn, Cu, Fe, Mn) e P.
  • Houve redução temporária dos teores de Ca e Mg.
  • No geral, o pó de basalto utilizado pouco contribuiu para a melhoria da fertilidade do solo a médio prazo.
  • O estudo reforça a importância do manejo sustentável do solo, como o plantio direto e a rotação de culturas, na manutenção da qualidade e produtividade do sistema agrícola

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Potencial do pó de basalto como remineralizador de solo em sistemas de produção de hortaliças

Na última década, após a normatização para uso de remineralizadores na agricultura, diversos estudos têm confirmado efeitos positivos desses produtos nos sistemas agrícolas, sendo esses efeitos mais intensivos em rochas vulcânicas básicas, como o pó de basalto. Nesse contexto, essa pesquisa teve por objetivo avaliar o efeito de um pó de basalto filler sobre o crescimento das culturas de alface e repolho e sobre os indicadores químicos do solo.

O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em vasos, em um delineamento completamente casualizado em um fatorial 2x4x2, sendo dois tipos de solo (Cambissolo e Neossolo quartzarênico), quatro doses de pó de basalto (0, 5, 10 e 20t ha-1) com e sem adubação solúvel, com quatro repetições. Houve interação entre os fatores para todos os indicadores avaliados.

O pó de basalto filler foi efetivo em aumentar a produção de massa seca das culturas quando cultivado em Neossolo quartzarênico até a dose de 10t ha-1. Nas duas culturas houve correlação negativa entre pó de basalto e a adubação solúvel. No solo, 115 dias após a incorporação das doses e após o cultivo de alface e repolho, o pó de basalto filler foi eficaz em alterar os atributos do solo, sendo esse efeito mais acentuado no Neossolo. Em ambos os tipos de solos houve aumento quadrático no pH e nos teores de fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca) e na saturação de bases (V%) de acordo com o aumento das doses do produto. Os resultados indicam potencial promissor do produto para uso na agricultura.

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Biografia do Autor

Ana Lúcia Hanisch, Epagri/ Estação Experimental de Canoinhas

Doutora em Produção Vegetal pela UFPR (2018), mestre em Zootecnia pela UFRGS (2002) e formada em Agronomia pela Universidade Federal do Paraná (1994). Atuo como pesquisadora da EPAGRI – Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina desde 2004, desenvolvendo trabalhos nas áreas de pastagens e sistemas integrados de produção agropecuária (SSP e SAFs em caívas), bem como em pesquisas com resíduos industrias com potencial de uso na agricultura.

Rafael Cantú, Epagri/ Estação Experimental de Itajaí

Graduado em Agronomia pela UFSC, mestre em Produção Vegetal na linha de pesquisa em horticultura pela UNESP / Botucatu e doutor em Ciência do Solo pela UFSM. Atua na Epagri desde 2002, na área de nutrição de plantas e desenvolvimento de fertilizantes a base de resíduos orgânicos e minerais.

Guilherme Luis Scaramella Gonçalves, EPAGRI

Formado em Agronomia em 2009 pela UFPR. Especialista em Biodiversidade pela UNESPAR. Com experiência em Agroecologia, certificação participativa de agricultura orgânica, cooperativas da agricultura familiar, e docência de ensino superior. Desde 2014 atua na Epagri como extensionista rural.

Juliane Garcia Knapik Justen, EPAGRI

Possui graduação em Engenharia Florestal (2003) e mestrado em Ciências Florestais (2005) pela Universidade Federal do Paraná. Atualmente, exerce atividades de extensão rural na Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI). Desempenha a função de coordenadora do Programa Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental, focando em áreas como conservação do solo e da água, gestão de recursos florestais e práticas de rochagem.

Referências

BRASIL, 2013. Lei nº 12.890, de 10 de dezembro de 2013. Altera a Lei nº 6.894, de 16 de dezembro de 1980, para incluir os remineralizadores como uma categoria de insumo destinado à agricultura, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 dez. 2013. Seção 1, p. 1. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12890.htm

CONCEIÇÃO, L.T.; SILVA, G.N.; HOLSBACK, H.M.S.; OLIVEIRA, C.F.; MARCANTE, N.C.; MARTINS, E.S.; SANTOS, F.L.S.; SANTOS, E.F. Potential of basalt dust to improve soil fertility and crop nutrition. Journal of Agriculture and Food Research, v. 10, 100443, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.jafr.2022.100443

CQFS RS/SC. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIÊNCIA DO SOLO (SBCS). Manual de Adubação e de calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo – Núcleo Regional Sul: Comissão de Química e Fertilidade do Solo – RS/SC, 2016. 316p.

DONATTI FILHO, P.J.; TAPPE, S.; OLIVEIRA, E.P.; HEAMAN, L.M. Age and origin of the Neoproterozoic Brauna kimberlites: Melt generation within the metasomatized base of the São Francisco craton, Brazil. Chemical Geology, v.353, p.19-35, 2013. DOI:10.1016/j.chemgeo.2012.06.004

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